Transportadoras têm mais de 100 mil caminhões parados
- www.transportedigitalnews.com.br
- 13 de ago. de 2015
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O país tem mais de 100 mil caminhões parados em garagens de empresas transportadoras. É o que aponta pesquisa realizada pela NTC&Logística, associação que reúne transportadoras de todo o país.
Segundo dados do levantamento de conjuntura do setor, que é realizado semestralmente, as empresas apontaram que estão com 13,5% de seus caminhões parados, em média. A frota estimada pelo setor é de 800 mil caminhões, o que aponta para os perto de 100 mil veículos parados. “Caminhão parado é prejuízo. O normal é que 5% da frota, no máximo, fique parado para manutenção ou de reserva”, disse Lauro Valdívia, direto técnico da associação.
DESEMPREGO
Valdívia diz que o desemprego no setor é crescente já que para cada caminhão há, em média, mais de um motorista. Além das empresas de frete, o país conta ainda com uma frota de caminhões em poder de motoristas autônomos, mais ou menos na mesma quantidade dos veículos das empresas. Há também uma frota em poder de embarcadores, empresas que transportam seus próprios produtos como bebidas e eletrodomésticos, que equivale a das transportadoras e a dos autônomos. Nem autônomos nem embarcadores são pesquisados nesse levantamento. Os dados de outro setor ligado ao transporte de caminhões corrobora os números da pesquisa.
TRÁFEGO DE VEÍCULOS
De acordo com o levantamento mensal da ABCR (Associação Brasileira de Concessionária de Rodovias), o primeiro semestre de 2015 teve um volume de tráfego de veículos pesados 4,5% inferior ao do mesmo período de 2014 (que já havia sido menor que o de 2013). O índice que mede o fluxo de veículos pesados nas estradas pedagiadas do país atingiu em julho o nível que tinha no primeiro semestre de 2010. O índice é calculado desde 1999 e somente havia registrado retração entre 2008 e 2009, quando voltou para o nível de 2007. De acordo com Lauro Valdívia o motivo da paralisação é a drástica redução no volume de fretes no últimos meses. Para 84% dos pesquisados houve queda nos negócios em relação ao ano passado, devido, principalmente, à menor demanda. Além disso, 80% dos empresários afirmaram que suas empresas estão em situação pior quando comparadas ao ano anterior. O aumento dos custos do setor, que variou entre 8% e 11% a depender do tipo de carga transportada, colaborou para essa situação. “O setor de transporte aguenta aumento de custo sem aumento de frete num curto prazo. Mas se a crise se alongar, dificulta a situação econômica”, prevê Valdívia.














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